quarta-feira, 26 de março de 2008

Introdução

Cumprindo as exigências da disciplina Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, ministrada pela Profª Drª Rosely Sampaio Archela, este blog tem a função de um portfólio, no qual serão expostos os trabalhos realizados ao longo do primeiro semestre do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina no ano de 2008.
Os visitantes e avaliadores deste portfólio encontrarão as atividades que a discente Carolina Rodrigues Kobayashi realizou, sendo estas: a elaboração de um artigo, onde fala sobre o portfólio como ferramenta pedagógica e sua importância para a Geografia, como meio de ensino - aprendizem e avaliação; em seguida, há dois textos que dizem respeito aos Parâmetros Curriculares Nacionais e também uma resenha sobre a Geografia na Escola. Uma outra atividade realizada que também consta neste blog é um plano de aula simulada, na qual foi preparada pela discente para ser apresentada em sala de aula. E por fim o relatório do estágio das aulas que foram observadas nas escolas.
A seguir estão as atividades.
Sejam bem vindos e boa leitura!

Atividades (Artigos, Resenhas e Fichamentos)

Artigo sobre Portfólio

Portfólio como ferramenta pedagógica

Carolina Rodrigues Kobayashi[1]

Resumo


Este trabalho é resultado de uma pesquisa a respeito do tema portfólio e sua importância para o ensino de geografia. Uma vez que este foi utilizado pela disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, ofertada ao 3º ano do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina como instrumento de avaliação para esta disciplina.
Não apenas como meio de avaliar os discentes, o portfólio também serve como um novo recurso didático para a prática de ensino, onde os alunos podem expor as atividades que desenvolvem ao longo do curso e até mesmo trocar informações com outras pessoas através da internet, pois ele é realizado através de um bloggler, que nada mais é do que um serviço que oferece ferramentas para os indivíduos publicarem textos na internet.
Palavras – chave: Portfólio, ferramenta, aprendizagem, ensino.

Introdução

O termo portfólio é de origem anglo-saxônica que designa o conjunto de títulos e ações de um investidor, individual ou institucional. Ou: Documento formal que apresenta as experiências de aprendizagem fora da escola, sendo utilizado para solicitArte, fotografia e publicidade.
O Portfólio pode também ser considerado um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de sucesso voltado ao melhor resultado de uma pesquisa ou de um trabalho. São situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo através de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo, por uma análise contínua durante a evolução de um projeto, identificando possíveis potenciais problemas que possam ocorrer no decorrer do processo.
Um artista, arquiteto, publicitário, designer ou modelo de moda pode apresentar um porta-fólio de seu trabalho realizado até aquele momento, visando conquistar novos trabalhos. Neste caso, consiste de um conjunto de fotografias, recortes de jornais e revistas, peças produzidas ou outros registros de sua trajetória.
O portfólio também vem sendo usado na educação, tanto por alunos como por professores, com o objetivo de fazer uma reflexão crítica sobre o seu processo académico, visando a melhoria de competências, atitudes ou conhecimentos.

O Portfólio como instrumento para a educação

O portfólio enquanto instrumento pedagógico é utilizado pelos alunos como uma forma de expor as atividades desenvolvidas com as disciplinas, para isso se faz necessário que haja uma coletânia de textos ou atividades que foram desenvolvidas em um período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem. Ele reflete também a identidade de cada aluno em cada contexto, enquanto construtores do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua.
O portfólio pode ser utilizado para uma futura avaliação do professor, distinta dos testes utilizados atualmente que analisa a aprendizagem em um único documento.
Tradicionalmente ligado ao mundo das artes visuais e da moda, o conceito de Portfolio quebrou fronteiras e adquiriu uma reconfiguração específica no campo educativo. O Portfolio de Aprendizagem é uma ferramenta pedagógica que permite a utilização de uma metodologia diferenciada e diversificada de monitorização e avaliação do processo de ensino e aprendizagem, não descurando a atenção à carga de afectos inerente à situação de aprendizagem.
O uso de portfolios de aprendizagem dá relevância e visibilidade ao processo formativo de aquisição, treino e desenvolvimento de competências. O seu carácter compreensivo, de registo longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo útil, ajudando o aluno a melhorar.
Possibilita a compreensão tanto da complexidade, como das dinâmicas de flutuação do crescimento do saber pessoal. Valoriza e fomenta a reflexão sobre aprendizagem, o que conduz ao desenvolvimento da meta-cognição e ao aprofundamento do auto-conhecimento.
Com o avanço tecnológico chegando às escolas, o portfólio tornou-se em sua versão eletrônica o webfólio, transpondo suas publicações de documentos para web.
A coletânea de trabalhos, provas, exercícios, contidos na pasta individual, permitem construir, entre outras coisas, o perfil acadêmico do aluno, refletindo o ritmo e a direção de seu crescimento. Esta ferramenta pode ser comparada como uma espécie de “diário do aluno” e apresenta grande importância para todas as matérias, inclusive a geografia, pois neste material são expostos os trabalhos do aluno, que são as produções acadêmicas mais atuais, sendo assim, pode ser acessado qualquer tipo de estudo relacionado a qualquer tipo de aprendizagem de maneira dinâmica e eficiente. São os avanços tecnológicos auxiliando cada vez mais na produção do conhecimento.
O portifólio deve ser trabalhado corretamente, deve haver um padrão para que todos possam usufruir das pesquisas e trocar informações que é o principal objetivo do portifólio. Trocar informações entre os pesquisadores e a todos que queiram ter acesso àquele conteúdo.
Para utilizar o portifólio como instrumento de avaliação nas escolas, é preciso primeiramente que se estabeleça algumas regras e padrões para que todos os blogs fiquem parecidos quanto a sua estrutura, o que facilita o acesso ao conteúdo.
Apesar das dificuldades encontradas por alguns alunos de organizar e estruturar o portfólio, posteriormente reconhecem-no como importante instrumento reflexivo, não só para o professor avaliar o aluno, mas, principalmente, para a formação individual.
Para a Geografia o portfólio pode ser um grande aliado não só como ferramenta pedagógica, mas também a seus objetos de estudos tais como a paisagem, onde o aluno poderá ter acesso mais facilmente ao encontro de lugares e paisagens sem necessariamente sair a campo.

Considerações Finais


O Portfólio é uma nova ferramenta pedagógica para a educação. Entretanto sabemos de todas as dificuldades e debilidades do ensino no Brasil, onde ainda uma maioria não tem acesso a todos os meios de informação, tais como a internet.
Para o aluno ele pode ser utilizado como um meio de organizar os seus trabalhos e até mesmo de rever os conteúdos que foram estudados, ao longo do período/ano.
Já para os professores pode ser utilizado como um meio de avaliar o desempenho de seus alunos, conhecendo-os individualmente, pois no portfólio está contido, além da aprendizagem a personalidade de cada um.
Por fim pode ser um grande auxílio no ensino de Geografia, uma vez que a disciplina é dotada de aulas práticas que promovem um maior desenvolvimento intelectual de seus alunos, e este poderá ser utilizado como um novo recurso didático.


[1] Graduanda do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina. Email carolinakobayashi@gmail.com

Referências Bibliográficas

Wikipédia. Disponível em . Acesso em 08 de junho de 2008.

Portfólio uma ferramenta pedagógica. Disponível em .Acesso em 08 de junho de 2008.

-------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 1

INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Os Parâmetros Curriculares Nacionais tem como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com um menor contato com a produção pedagógica atual.
Porém os PCN’s não são um modelo curricular impositivo, ele possui uma proposta curricular flexível, uma vez que o objetivo é através dos conteúdos propostos adapta-lo para a realidade de cada Estado e/ou município, buscando cada vez mais a melhoria na qualidade da educação brasileira.
Foi a partir de um estudo de propostas curriculares de Estados e Municípios brasileiros que deu início ao processo de elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a partir de então se deu o início de discussões a fim de viabilizar o projeto, através de encontros regionais e estaduais organizados pelas delegacias do MEC nos Estados, contando com a participação de profissionais da área de educação.
De acordo com os princípios e fundamentos dos PCN’s é necessário uma proposta educacional que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes. Esse ensino tem que se voltar para uma prática educativa adequada às necessidades, sociais, políticas, econômicas, e culturais de acordo com a realidade brasileira.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais adotam a proposta de estruturação por ciclos, pelo reconhecimento de que tal proposta permite compensar a pressão do tempo que é inerente à instituição escolar, tornando possível distribuir os conteúdos de forma mais adequada à natureza do processo de aprendizagem. A adoção de ciclos, pela flexibilidade que permite, possibilita trabalhar melhor com as diferenças e está plenamente coerente com os fundamentos psicopedagógicos, com a concepção de conhecimento e da função da escola.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 2

Questões acerca dos Parâmetros Curriculares Nacionais

O que são os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)?
Quais são os conteúdos propostos?
Quais formas sugeridas (como)?
Terminologias adotadas.
Identificar escola geográfica (abordagens, correntes, etc.).

Respostas:

1. Os PCN’s têm como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros. Por sua natureza aberta configuram uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. Não configuram porém um modelo curricular impositivo e homogêneo, que sobreporia à competência político-execitiva dos Estados e Municípios, à diversidade sociocultural das diferentes regiões do País ou à autonomia de professores e equipes pedagógicas.



2. Os conteúdos sugeridos para a Geografia Humana para o ensino fundamental são:
· A geografia como uma possibilidade de leitura e compreensão do mundo: A construção do espaço: os territórios e os lugares ( o tempo da sociedade e o tempo da natureza); A conquista do lugar como conquista da cidadania.
· O campo e a cidade como formações socioespaciais: O espaço como acumulação de tempos desiguais; A modernização capitalista e a redefinição nas relações entre o campo e a cidade; O papel do Estado e das classes sociais e a sociedade urbano-industrial brasileira; A cultura e o consumo: uma nova interação entre o campo e a cidade.
· A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes: A velocidade e a eficiência dos transportes e da comunicação como novo paradigma da globalização; A globalização e as novas hierarquias urbanas.
· Um só mundo e muitos cenários geográficos: Estados, povos e nações redesenhando suas fronteiras; Uma região em construção: O Mercosul; Paisagens e diversidade territorial no Brasil.

3. A abordagem dos conteúdos de Geografia pode colocar-se na perspectiva da leitura da paisagem, o que permite aos alunos conhecer os processos de construção do espaço geográfico. Esta leitura pode ocorrer de forma direta (pela observação da paisagem que os alunos visitaram) ou de forma indireta (por meio de fotografias , da literatura, de vídeos, de relatos). A descrição e a observação como processo de conhecimento, são os pontos de partida para o início da leitura da paisagem e construção de explicação. A explicação é o procedimento que permite responder os porquês e dos fenômenos lidos numa paisagem, e também através da interação uma vez que a geografia trata de temas amplos que interagem entre si. Nenhum estudo geográfico devera estar desvinculado da territorialidade ou extensão do fato estudado.Através de analogias e também da representação do espaço no estudo da Geografia.

4. Territorialidade; Representações do espaço; Paisagem; Espaço Geográfico; etc.

5. Os PCN’s recebem influência da abordagem marxista, também da Geografia Clássica e Humanista.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 3

Resenha do Texto: A geografia na escola

A Geografia está presente entre as disciplinas das grades curriculares e possui fortes ligações com o sistema escolar ambos, frutos do século XIX. A partir do ideal iluminista, que defendia a idéia do poder da razão humana, há uma ampliação na defesa pela expansão da cultura para todos, e assim a transformação do meio. Os direitos passam a ser fundamentados antropocentricamente, juntamente com a defesa do direito universal de todos os homens, que se expressou na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Neste sentido, a escola passa a ser defendida como meio para a formação de cidadãos.
Baseando-se no ideal de igualdade a burguesia passa a defender os seus interesses apoiando a escolarização para todos, pois assim os servos poderiam tornar-se cidadãos para participarem do processo político.
Em 1782, na França inicia-se a organização da instrução pública e, além disso, a educação é proclamada universal, gratuita, laica e obrigatória, uma vez proclamado que todos os homens são iguais conseqüentemente a educação deve se estender a todos, sendo assim a educação também deverá ser gratuita.
Enquanto classe emergente a burguesia implanta uma nova forma de legitimidade através do mérito escolar, ou seja, o estudo, o diploma. Pois a implantação do modo de produção capitalista só poderá se instalar através da educação, retirando do homem a ignorância e os equalizando.
Ao longo do século XIX a escola e a escolarização se firmam, juntamente com a consolidação do Estado Nacional e do capitalismo, o que faz com que as escolas européias, assumissem um caráter nacional para a imposição da nacionalidade. O que faz com que disciplinas como a Geografia, a História e a Língua Nacional, se tornassem fortes instrumentos de poder para a instauração da hegemonia burguesa, através de delimitações geográficas de suas fronteiras, pela tradição, e línguas comuns. O que faz com que a geografia entre na grade curricular por razões geopolíticas, onde diferentes interesses políticos, econômicos e sociais estão em jogo. Porém o objetivo não é o de fazer o homem raciocinar sobre o espaço, mas sim o de fazer dele um inventário, para delimitar o espaço nacional e situar o cidadão neste quadro.
Mas através dos ensinamentos passados pela Geografia Tradicional, o que se verifica é que há uma evidência do natural sobre o social, para que este seja visto como natural, priorizando os elementos da natureza, o que torna o ensino da geografia a-crítico e a-histórico. Há uma fragmentação da idéia de que não é preciso compreender a relação entre homem e natureza, mas apenas de memorizar um saber sobre a natureza física.
Para ensinar uma geografia que não isole sociedade e natureza, o professor precisa conhecer a origem do conteúdo. Deste modo o objetivo do trabalho apresentado é o de centrar sua atenção no conteúdo que a geografia ensina e não na forma como ele é trabalhado.
Um das maiores dificuldades encontradas pelo professor de geografia é exatamente na forma fracionada e parcial que se encontra o conteúdo desta disciplina, tornando-se segundo o texto “o principal obstáculo à prática docente do professor interessando em desenvolver uma proposta pedagógica, que abarcando dialeticamente as duas ordens cognitivas, propicie o conhecimento da totalidade social” (Fontes, 1989).
Os saberes relacionados à geografia já existiam bem antes dela ser sistematizada como ciência no século XIX na Alemanha, país este que se tornou pioneiro na introdução desta disciplina no currículo escolar e universitário, e é através de Alexander von Humboldt e de Karl Hitter que vai se ter uma geografia institucionalizada dentro das universidades. E uma vez dentro das universidades o papel da geografia deixa de ser estratégico para ser ideológico. Sendo em 1820, a data em que a cátedra de geografia é instituída na Universidade de Berlim.
Um dos períodos decisivos para a geografia é quando esta ciência alcança o status acadêmico, tornando-se obrigatória nos currículos escolares e também devido à uma Alemanha unificada na busca por expansão.
Já em 1870, a derrota da França para a Alemanha é atribuída à qualidade do ensino que este país. O que provoca uma mudança em relação ao sistema de ensino ministrado no país Francês, o que faz com que a geografia francesa seja edificada sobre bases de trabalhos alemães, que acaba por fornecer elementos necessários para a formulação possibilista.
Contudo, percebem-se quais são as preocupações teóricas que levam ao desenvolvimento da geografia, articulada com motivações de natureza política.

Bibliografia
FONTES, R. M. P. do A. Da Geografia que se Ensina à gênese da Geografia Moderna. Florianópolis: UFSC, 1989.

Plano de Aula Simulada e Oficina (passo a passo)

  1. Identificação:

    Data: 18/06/2008
    Série: 7ª série
    Tema: O clima e as paisagens vegetais na América
  2. Objetivos:

    Com base na apresentação de alguns conceitos e explicação a respeito do tema o objetivo da aula é fazer com que os alunos relacionem a grande extensão territorial do continente a partir das diversidades climáticas e das suas paisagens vegetais.
  3. Conteúdo:

    O CLIMA E AS PAISAGENS VEGETAIS NA AMÉRICA

    Fatores determinantes do clima no continente americano

    Decorrente de diversos fatores, tais como a latitude, o relevo, as correntes marítimas e a continentalidade, o continente americano apresenta grande variedade de climas. Consequentemente também encontramos grande diversidade de paisagens vegetais.
    A seguir faremos uma análise de como esses fatores interferem nas características desse continente.
    *Latitude
    A América ocupa quase toda a extensão norte – sul do globo que vai desde o oceano Glacial Ártico até quase o oceano Glacial Antártico, sendo cortadas pelos grandes círculos (Equador, trópicos de Câncer e de Capricórnio e círculo polar Ártico). Sendo essa uma das características do continente americano que explicam a sua grande diversidade climática, uma vez que, à medida que nos afastamos do Equador, seguindo em direção aos pólos, as temperaturas vão diminuindo. Assim quanto maior a latitude, menor a temperatura.
    *Relevo
    O relevo também contribui para a grande variedade de climas e paisagens vegetais na América, em razão das diferenças de altitude e da disposição de suas formas (cadeias montanhosas, planaltos, depressões e planícies).
    É a altitude que explica, por exemplo, as eternas neves dos Andes (altitudes maiores), em plena zona equatorial.
    A disposição espacial das formas de revelo pode facilitar ou dificultar o deslocamento das massas de ar, que influenciam distribuição da umidade e na mudança de temperatura.
    As cadeias da costa ocidental americana, por exemplo, funcionam como barreira à passagem das massas de ar, dificultando sua penetração e influindo na distribuição da umidade. Como conseqüência existem áreas desérticas em várias regiões da costa ocidental do continente.
    Outro exemplo é o corredor formado pelas planícies que se estendem ao longo da parte central do continente, permitindo o deslocamento de massas de ar frias e polares ou de massas equatoriais e tropicais, de acordo com a época do ano. O fenômeno da friagem que ocorre na Amazônia nada mais é do que o deslocamento de massas de ar.
    *Correntes marítimas
    As correntes marítimas também exercem influência sobre o clima do continente americano. Essa influência é mais sensível no litoral Pacífico, onde as correntes frias da Califórnia e de Humboldt são um dos fatores responsáveis pelo clima árido ou desértico na península da Baixa Califórnia (América do Norte), na maior parte do litoral peruano e no deserto do Atacama, no Chile (América do Sul). Isso acontece porque a umidade trazida pelos ventos quentes do oeste, ao passar sobre as águas frias dessas correntes, resfria-se, condensa-se e se precipita em forma de chuva. Quando chegam ao continente, esses ventos já não carregam umidade suficiente para provocar chuvas.
    No Litoral Atlântico é a corrente fria do Labrador, formada nas proximidades da Groenlândia, que influencia o clima. Ela determina as baixas temperaturas que congelam as águas dos rios e lagos da costa nordeste da América do Norte, no inverno.
    Na porção meridional a corrente de Falklands é um dos principais fatores responsáveis pelo clima semi-árido da Patagônia.
    *Continentaliadade
    Por último, cabe mencionar a influência da continentalidade (distância em relação ao oceano), que se verifica mais acentuadamente no interior da América do Norte e da América do Sul. Essa influência acarreta a diminuição das chuvas e a maior amplitude térmica (diferença entre as temperaturas máxima e mínima), própria dos climas continentais.

    Tipos de clima e paisagens vegetais do continente americano

    Apesar de predominar um ou outro tipo dos fatores estudados em uma ou em outra região, é a conjugação deles que explica os diferentes tipos climáticos.
    - Clima Polar
    O clima polar está presente nas altas latitudes (acima de 60º) do hemisfério Norte e tem como principal característica temperaturas baixíssimas.
    Nesse tipo de clima, predominantemente no Alasca, no norte do Canadá e na Groenlândia, as médias anuais de temperatura estão sempre abaixo de 0ºC, e as precipitações médias anuais são inferiores a 250 mm, sendo quase sempre na forma de neve.
    O rigor desse clima não permite um maior desenvolvimento de vegetação. Apenas durante alguns meses do ano (de junho a agosto), quando as temperaturas são menos rigorosas e há o degelo, desenvolve-se um tipo de vegetação chamado de tundra.
    Predominantemente rasteira, a tundra é constituída de musgos e liquens, apresentando, em alguns lugares, arbustos que não a atingir 1 m de altura.

    - Clima frio continental
    Aproximadamente entre os 50º e 60º de latitude norte, é encontrado o clima frio continental. Apesar de suas baixas temperaturas, esse clima é menos rigoroso que o polar.
    A temperatura média do mês mais quente é de aproximadamente 10ºC. A presença da neve é menor, durante cinco ou seis meses, e as precipitações pluviométricas variam de 250 a 1000 mm anuais.
    Correspondente a esse tipo de clima, encontra-se a floresta boreal, uma formação vegetal bastante homogênea, constituída predominantemente por coníferas. Ela cobria boa parte do Canadá, e foi intensamente explorada pela indústria de celulosa e papel.

    - Clima frio de montanha
    Nas montanhas Rochosas, na cordilheira dos Andes e nas partes mais elevadas do planalto do México, encontra-se o clima frio de montanha.
    Nessas áreas, as temperaturas médias anuais oscilam entre 5ºC e 15ºC, e as precipitações pluviométricas médias anuais variam de 500 a 1000 mm, segundo a influência de fatores locais (massas de ar e correntes marítimas).
    Apesar das baixíssimas temperaturas e da aridez do seu clima, as altas montanhas abrigam alguns animais de pequeno e porte.

    - Clima temperado ou mesotérmico
    O clima temperado ou mesotérmico apresenta as quatro estações do ano bem definidas. As temperaturas médias anuais variam de -3ºC a 18ºC.
    Na América do Norte, o clima temperado abrange uma extensa área. No território sul-americano, ocorre apenas em um pequeno trecho.
    No litoral da América do Norte, tanto na costa do leste como na costa oeste, e no litoral do extremo sul do Chile, encontra-se o clima temperado oceânico, que se caracteriza por inverno muito frio, verão ameno e chuvas bem distribuídas durante o ano. Porém, na costa da Califórnia ocorre o clima mediterrâneo, que possui o verão seco.
    Nas planícies centrais da América do Norte, encontra-se o clima temperado continental, com verões muito quentes (38ºC a 40ºC), invernos bastante rigorosos, chuvas escassas e fortes precipitações de neve no inverno. A influência dos ventos e das massas de ar é muito grande nessa parte do continente por causa do “corredor” formado entre as montanhas Rochosas (oeste) e os Apalaches (leste).
    A vegetação característica desse tipo climático é a floresta temperada, presente nas áreas de maior umidade, cujas principais espécies são o carvalho, a faia, a bétula e alguns tipos de pinheiro.

    - Clima equatorial
    Na América o clima equatorial ocorre na maior parte das terras banhadas pelos rios da bacia Amazônica e nas terras mais baixas da parte ístmica da América Central. As temperaturas médias anuais são sempre superiores a 25ºC, e as médias anuais de pluviosidade ultrapassam os 2000 mm.
    Nas áreas dominadas pelo clima equatorial, a paisagem vegetal mais abundante é a floresta equatorial. Seu melhor exemplo é a floresta Amazônica.

    - Clima tropical
    O clima tropical abrange a parte meridional dos Estados Unidos (Flórida), grande parte do México, a América Central e ístmica e as Antilhas, e grande parte da América do Sul, principalmente do Brasil.
    Suas temperaturas oscilam entre 19ºC e 28ºC, e as médias anuais pluviométricas variam de 1000 a 2000 mm.
    Na Flórida (EUA), na América Central e no litoral oriental da América do Sul, a influência das massas de ar oceânicas provoca maior umidade, o que proporciona o desenvolvimento de florestas tropicais, como por exemplo, a mata Atlântica brasileira.
    Nas regiões mais interiores, onde a umidade é menor, encontramos o cerrado no Brasil, vegetação arbustiva no litoral ocidental do México e da América Central ístmica, e lhanos na Venezuela.

    - Clima desértico ou árido
    O clima desértico ou árido ocorre principalmente no sudoeste dos Estados Unidos, no norte do México, em parte do litoral Peruano, no norte do Chile (deserto de Atacama), e no sul da Argentina (deserto da Patagônia).
    Esse tipo de clima apresenta grande variação de temperatura entre o dia (bastante elevada) e a noite (baixa) e chuvas escassas e mal distribuídas.
    A vegetação das áreas de clima desértico é constituída predominantemente por ervas e pequenos arbustos, sendo muito comum a presença de cactáceas.

    - Clima semi – árido
    Nas áreas onde predominam o clima semi – árido, as temperaturas são elevadas, superiores a 25ºC, podendo atingir 32ºC. As médias anuais de chuvas variam entre 500 a 700 mm e são muito irregulares.
    No nordeste brasileiro o clima semi – árido é encontrado em uma área de aproximadamente 1 milhão de km². O tipo de vegetação dessa área é a caatinga. As árvores são de pequeno porte, cobertas de espinhos e com troncos retorcidos, que perdem as folhas nos longos períodos de seca (plantas xerófitas).
    O clima semi – árido abrange também o oeste dos Estados Unidos e o México, na periferia de suas áreas desérticas. A vegetação apresenta-se bastante esparsa, na forma de tufos de grama.

    - Clima subtropical
    O clima subtropical ocorre em zonas de transição, entre as áreas de domínio dos climas temperado e tropical. Na América do Norte, ele é encontrado no sul e sudeste, e na América do Sul, na porção meridional do território brasileiro.
    Suas temperaturas médias anuais oscilam entre 17ºC e 19ºC, e a pluviosidade média anual está entre 1300 2000 mm.
    No Brasil o tipo de vegetação que corresponde a esse clima é a mata de Araucária ou mata dos Pinhais.

    - Clima mediterrâneo
    No litoral da Califórnia (EUA) e em alguns trechos do Chile, está presente o clima mediterrâneo. Suas temperaturas médias anuais variam entre 15ºC a 20ºC. O verão corresponde à estação seca, enquanto o inverno marca a estação das chuvas. A vegetação típica desse clima é a mediterrânea, que se caracteriza por árvores de pequeno porte e arbustos.
  4. Metodologia: A aula será expositiva com a utilização do data-show, para expor juntamente com o conteúdo algumas imagens das paisagens, e também serão utilizados mapas da América para a localização geográfica dos lugares.
  5. Recursos: Data-show e mapas da América
  6. Avaliação: Escolher um lugar da América e pesquisar qual a vegetação dominante e sua importância (ambiental, política e econômica) para a região.
  7. Referências Bibliográficas:

    BRANCO, Anselmo Lázaro. LUCCI, Elian Alabi. Geografia: homem e espaço – o capitalismo, as condições de desenvolvimento, os blocos econômicos e o espaço americano - 7ª série: ensino fundamental. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

    MOREIRA. Igor. Geografia Nova: O espaço Americano. 26. ed. São Paulo: Ática, 1996. v. 3

    Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/brasil/paisagens-vegetais-brasil.htm. Acesso em 09 de junho de 2008

    Wikipédia. América. Disponível em:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica. Acesso em 09 de junho de 2008

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Oficina - proposta de instrumento para o ensino de Geografia

Análise do texto de Carlos Eduardo Vieira e Medson Gomes de Sá intitulado: Recursos didáticos do quadro-negro ao projetor, o que muda?

Neste texto os autores buscam dar várias idéias sobre diferentes formas metodológicas para se fixar um tema estudado. Segundo os autores, “o método diz respeito à forma como se pretende trabalhar um conteúdo para atingir um objetivo. O método inclui a escolha de recursos didáticos e a dinâmica da aula”.
Para ele o desafio atual para os professores seria o de incorporar os recursos disponíveis da mídia numa aula realmente produtiva e desafiadora.
Os jogos são bons por criar expectativa, ansiedade e entusiasmo dos alunos. Seria um desafio das suas habilidades e conhecimentos, porque eles acabam estudando para vencer. Contribui também para a integração social e a responsabilidade.
Segundo os autores, “O professor deve usar sua inventividade para criar seus próprios jogos, de acordo com os objetivos de ensino-aprendizagem que tenha em vista e de forma a adequá-los ao conteúdo a ser estudado”.
No caso de uma aula com vídeos, além da visualização o professor deve levantar questões para o aluno não ficar passivo no processo, o professor exploraria as imagens e seqüências, articularia tempo e espaço e extrairia informações para se valer das propriedades específicas de um vídeo, como o som, a imagem e o movimento. Antes da escolha do vídeo o professor deve tê-lo assistido para selecionar o que mais se adapte ao conteúdo, e marcar pontos para discussões. No final pode-se fazer questionários, pedir resumos, debates, etc, para que se tenha o retorno do que foi aprendido.
Com o uso da informática é preciso que essa tecnologia seja utilizada de forma que se crie um manual de navegação para orientar os alunos para raciocinarem, para que avancem no conteúdo, já que a informática possibilita inúmeras formas de se ensinar diversos conteúdos, seja por meio de programas, jogos eletrônicos ou internet. Para ajudá-los pode-se utilizar dados atualizados e ilustrações que abranjam o tema.
Com a música pode-se utilizá-la como complemento para auxiliar as atividades desenvolvidas, ou para “ilustrar” um dado tema.
O giz e o quadro negro devem ser utilizados para organizar as idéias, fazer uma síntese da aula dada. Não se deve fazer o aluno copiar textos longos na lousa, pois fica cansativo e porque o ideal é fazê-lo ler e interpretar.
Textos servem para guiá-los a fixar o que foi exposto ou o contrário, fazê-los ler para explicar oralmente depois. O texto é ideal para exercitar a reflexão e a leitura, sendo que depois é mais fácil de se complementar o assunto abordado.
Mapas e globos são ótimos para localizar os fenômenos em estudo e contribuem para a educação cartográfica, e para trabalhar suas estruturas da inteligência para o domínio espacial.
Os trabalhos em grupo contribuem para a troca de conhecimentos, além de permitirem a socialização, responsabilidade, colaboração, participação, respeito à opinião do outro, atenção como ouvinte, etc.
Com os fóruns simulados, deve-se realizá-lo com cuidado para que se consiga administrar diferentes perspectivas de um fato, assumir um ponto de vista, investigar e conseguir construir argumentos lógicos para a defesa do seu ponto de vista.
Com o jornal falado pode-se prepara pôsteres com fotos do tema estudado. Mas a exposição deve ser preparada com responsabilidade, e o professor deve cuidar do envolvimento de todos os participantes para evitar que o assunto seja conduzido por poucos.
Uma dramatização exige do aluno uma representação de um fato em estudo, obrigando o aluno entender o conceito, o acontecimento ou valores em construção. “A mudança no foco de estudo motiva o aluno a desempenhar com êxito seu papel. [...] A dramatização é um recurso que pode ser enriquecido se trabalhado em projeto interdisciplinar”.
Fazendo uma conclusão da análise, podemos dizer que há diversas formas de se trabalhar um dado conteúdo, de forma que, desde que preparado com responsabilidade, possa envolver o raciocínio e a socialização de todos, deixando a aula mais leve, possibilitando uma maior absorção do conteúdo dado, já que ele se fixa no aluno de forma natural, quase que espontânea, diferente daquela aula onde o professor fica na frente falando ou mandando-os copiar por muito tempo, cansando-os e sem querer privando-os de absorver o conhecimento que se pretendia transmitir.
Jogo de Geografia para sexta série

Proposta:

A proposta é fazer com que a os alunos se dividam em grupos e criem seus próprios jogos educativos, contando com o auxílio do professor e tendo como base um modelo, que deve ser estruturado pelo professor.
Depois de prontos, os grupos deverão trazer os jogos para a sala de aula e trocar com os outros grupos, assim cada grupo joga o jogo do outro, aumentando a variedade de perguntas e estimulando os alunos a estudarem o conteúdo para vencer.

Objetivo:

O objetivo do jogo é fazer com que os alunos, de uma forma mais interativa, possam exercitar sobre o tema que foi estudado e assim fixar o conteúdo e aprender um pouco mais, além de interagir socialmente, estimular a criatividade, e despertar o espírito de competitividade.

Como construir:

A construção do jogo é simples e seu custo é pouco, possibilitando qualquer um de realizá-lo.
Os materiais utilizados foram:
-1 Papel paraná,
-4 cartolinas coloridas,
- cola,
- tesoura,
- lápis de cor ou canetinha,
- régua
- lápis de escrever.
- cronômetro (de celular, de relógio, etc.)
-1 dado
-pinos de tabuleiro

Deve-se deixar claro também que não é obrigado a utilização de cartolinas coloridas, podendo desenhar as casas no próprio papel paraná, barateando o custo do trabalho.
Primeiro deve-se cortar o papel paraná no tamanho desejado para a construção do tabuleiro (recortamos ¼ do papel). Depois de definido o tamanho e recortado, deve-se recortar 2 das cartolinas coloridas em pequenos retângulos, todos de tamanho aproximado (utilizamos a medida 4x3cm) e colá-los formando um caminho de saída e chegada.
A saída e a chegada podem ser feitas com mais uma cartolina de outra cor ou desenhadas diretamente no tabuleiro, mas não se esqueça de indicá-las. Se quiser pode enfeitar os espaços em branco a gosto.

Com relação às cartas, pode-se utilizar uma outra cartolina. Corte a cartolina em vários retângulos de tamanhos maiores que os utilizados para a confecção das casas (utilizamos 8,5x5,5cm). Depois de recortados, escreve-se a pergunta na parte superior do cartão e a resposta na parte inferior do mesmo. As perguntas deverão seguir o conteúdo dado pelo professor seguindo o livro didático ou o texto dado em aula, e a resposta deve ser correta, seguindo o que está no livro ou no texto.
Para os pinos podem ser utilizados pinos de outros jogos que os alunos já possuam, ou então usar a criatividade e fazê-los com tampinhas de refrigerante, escolhendo tampinhas de cores diferentes ou pitando-as.

Como jogar:

O número de peças será de acordo com o número de alunos em cada grupo, representando cada uma um jogador. Começa o jogo quem tirar o número maior no dado. Em caso de empate o dado deverá ser jogado novamente e assim quem tirar o maior número começa o jogo. O próximo jogador é o que estiver à esquerda do primeiro e assim por diante.
O aluno a sua esquerda (que será o próximo jogador), deve retirar o cartão e fazer a pergunta. O aluno que está jogando deve responder à pergunta corretamente e tem 30 segundos para responder a questão. Se acertar, o jogador deve lançar o dado para andar o respectivo número de casas. Se errar, ele não joga o dado e fica onde estava. Vence o jogo o aluno que atingir à chegada primeiro.

Conclusão:

Com essa atividade simulada, podemos notar que os alunos certamente estariam aprendendo com essa atividade, já que ela faz com que o aluno de sinta mais livre e mais motivado, já que brincadeira traz sensações prazerosas. Deve-se tomar cuidado na hora de elaborar as questões corretamente para que não haja erros de português, erros de conteúdo, e que não haja questões muito complexas, por isso é sempre bom guiar-se pelo livro didático ou pelo material que está sendo utilizado em sala de aula.
Os alunos se divertiriam muito e ao mesmo tempo conseguiriam revisar a matéria, além de interagirem socialmente, o que é muito importante na formação de um cidadão.

BIBILIOGRAFIA:

MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro.6ª série.4.ed.São Paulo: Ática, 2003.


Colégio Rainha da Paz. Disponível em:
<http://www.rainhadapaz.g12.br/projetos/geografia/jogo6/home.htm>. Acesso em agosto de 2008.

Relatório de estágio de observação

Estágio de Observação (1) - 1º Semestre
Introdução

Este trabalho é resultado da atividade de estágio de observação realizado através da disciplina Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, orientado pela Professora Doutora Rosely Sampaio Archela para os alunos do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina.
Tivemos como objetivo observar a prática docente de Geografia, juntamente com alunos do ensino fundamental. Para tanto escolhemos o Colégio Estadual Humberto Puiggari Coutinho para fazermos nossas observações, que se localiza no bairro Ernani Moura Lima, zona leste da cidade de Londrina.
Neste trabalho relataremos todas as atividades que foram observadas em sala de aula realizadas pelos alunos e pela professora de geografia. Também contemplaremos em nosso relato alguns aspectos importantes acerca do colégio, seus alunos e sua importância para a comunidade local, e também um breve comentário sobre questões que correspondem a vida profissional da educadora observada.
Acompanhamos durante o estágio 10 horas/aulas, distribuídas em turma de 5ª, 6ª e 7ª séries, nos períodos da manhã e da tarde, onde observamos as atividades realizadas pelos alunos, pela professora, o planejamento das aulas, o desenvolvimento, os conteúdos, os temas, as abordagens, a atualidade metodológica e até mesmo o próprio comportamento dos sujeitos pedagógicos (professor-aluno), que detalharemos mais no relato de cada aula ao longo do trabalho.

Caracterização do Colégio

O estágio de vivência docente foi realizado no Colégio Estadual Humberto Puiggari Coutinho que está localizado na zona leste da cidade de Londrina, no bairro Ernani Moura Lima, sendo este local periferia da cidade, esta escola é a que está mais próxima daquela comunidade.
O colégio foi inaugurado no ano de 1986 e atende alunos desde a primeira série do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, possui um número razoável de funcionários, entre eles, zeladores, bibliotecários, secretários, supervisores e professores, que se distribuem nos três períodos, ou seja, matutino, vespertino e noturno.
No período em que fizemos o estágio observamos alunos de diversas faixas etárias, desde crianças à adolescentes, uma vez que ficamos no colégio no período da manhã e da tarde. Durante o período da manhã, o colégio disponibiliza turmas que vão da 6ª série ao 1º ano do ensino médio, o que faz com que haja uma maior freqüência de adolescentes, à tarde encontra-se as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª) e turmas de 5ª série, com maior freqüência de crianças e adolescentes, e à noite 3 turmas de ensino médio (1º, 2º e 3º ano). Podemos caracterizar tais alunos, com perfis que vão desde os mais simples a alguns que possuem melhores rendas, porém o nosso objetivo não é fazer qualquer distinção entre eles. O que verificamos também é que grande parte dos funcionários moram nas redondezas, exceto os professores. O colégio também conta com atividades extra-classe, como uma escolinha de futsal onde os alunos podem até participar de torneios, e até atividades para os pais, como palestras.
De acordo com a sua estrutura física, é um colégio de porte médio (em relação aos colégios mais centrais), possui um pátio grande rodeado por muitas árvores, está em bom estado de conservação devido a uma reforma pela qual passou há pouco tempo, onde recebeu pintura, novo piso em alguns locais, novas salas e juntamente com elas novas mesas e cadeiras, também possui uma biblioteca, um laboratório de informática, quadra de esportes e uma cantina, na qual os alunos recebem a merenda preparada pelas zeladoras.
Por ser uma região periférica abriga moradores de baixa renda, o que faz com que este colégio seja o local onde eles “mandam” seus filhos para estudarem, e também por ter a comodidade de ter todas as séries necessárias para o término dos estudos, porém é válido ressaltar que ocorrem casos de transferências para colégios centrais, por serem conhecidos por uma melhor qualidade no ensino. Ainda assim, grande parte da comunidade recorre a este colégio para “estudarem” seus filhos.
História de vida do Professor

A docente na qual acompanhamos suas aulas é formada pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (FAFICOP) no ano de 2000, possui também magistério, onde lecionou como professora do ensino de 1ª a 4ª série durante 8 anos. No ano de 2001 iniciou suas atividades para as séries do ensino fundamental (5ª a 8ª série), e no ano de 2004 passou a ser professora padrão no referido colégio. Segundo a educadora, os desafios da profissão estão cada vez mais difíceis, devido à falta de interesse, de limites e de respeito aos professores, e que apesar de gostar muito do que faz hoje, se fosse possível repensaria seu desejo pela profissão.


Relatório detalhado de cada aula observada

*Primeira aula:
A primeira aula de nossa observação foi em uma sala de 5ª série no período da tarde, uma turma não muito grande, segundo a professora devido a baixa freqüência dos alunos, e alguns acima da faixa etária normal para este tipo de turma devido ao problema de repetência, sendo estes os que mais se dispersavam e atrapalhavam a aula.
A professora deu início à aula relembrando o tema da aula anterior, e juntamente com os alunos resgatando alguns conceitos estudados.
Em seguida passou atividades no quadro negro, onde pediu aos alunos para que copiassem. Eles estavam um pouco dispersos no começo, mas depois começaram a copiar o exercício que segundo a professora contava nota no final, com uma avaliação que ela faz do caderno.
Após passar o exercício no quadro, a professora esperou que eles copiassem e respondessem, enquanto auxiliava alguns que já estavam fazendo. Depois que muitos terminaram ela deu início à correção no quadro, onde pediu para que eles respondessem com ela. Terminando a correção, ela pediu para os alunos fazerem um gráfico em forma de pizza, utilizando o compasso ou transferidor e lápis de cor para desenvolverem a atividade que pedia para representar em porcentagem a quantidade de água e de terra que existia no planeta, mas que ficou como tarefa por ter acabado a aula que tem duração de 50 minutos. No que diz respeito ao planejamento das aulas a Professora já havia preparado o material anteriormente, através de atividades relacionadas ao assunto que estava sendo abordado, que para esta turma estava relacionado ao tema Continentes e Oceanos, a educadora utilizou como recurso metodológico o quadro negro e o giz e se baseou no livro didático para passar o conteúdo, que foi desenvolvido através das atividades que já foram referidas.

*Segunda Aula:
A segunda aula observada também foi numa turma de 5ª série, porém esta com um maior número de alunos sendo eles mais tranqüilos em relação à outra turma.
A professora seguiu o mesmo procedimento da aula anterior, onde relembrou a aula anterior, e corrigiu com caneta vermelha o caderno de alguns alunos, devido à atividade que ela havia passado na outra aula. Em seguida ela passou à mesma atividade que havia passado na outra turma e pediu para que eles fizessem.
A aula que a Professora lecionou teve como base no mesmo material e métodos da aula anterior.
*Terceira Aula:
A terceira aula foi observada em mais uma turma de 5ª série, onde a professora deu início corrigindo oralmente o exercício proposto na aula anterior.
Em seguida ela fez a chamada e passou a atividade já relatada na qual ela pede para que eles façam o gráfico de pizza. Por ficarem com dúvidas a respeito da atividade, a docente levou certo tempo para explicar, porém esta turma estava mais avançada no conteúdo do que em relação às outras turmas. Enquanto os alunos desenvolviam a atividade, ela passou um novo conteúdo no quadro e pediu para que eles copiassem. Como não deu tempo de terminar em sala, a atividade ficou como tarefa de casa.
Esta aula se iniciou após o intervalo e também devido a nossa presença os alunos estavam mais agitados, também encontramos nesta turma um caso específico de repetência no qual o aluno já possui 16 anos, sendo este bastante agitado.
A turma observada estava mais atrasada em relação às outras salas, porém a educadora utilizou os mesmos recursos de abordagem das aulas anteriores, porém o tema era sobre as Ilhas e Arquipélagos.

*Quarta Aula:
A quarta aula observada foi em uma outra turma de 5ª série, onde a professora seguiu os mesmo procedimentos das aulas anteriores, relembrando o conteúdo, e utilizando os mesmos meios para o ensino.
Em seguida ela passou as atividades no quadro para os alunos copiarem m seus cadernos e responderem e auxiliou os que estavam com dúvidas sobre o exercício.

*Quinta Aula:
A quinta aula observada foi em uma sala de 6ª série no período matutino A sala estava um pouco agitada, tinha um número grande de alunos que correspondia a faixa etária para esta série.
A professora iniciou suas atividades, corrigindo oralmente os exercícios que haviam ficado como tarefa, juntamente com os alunos. A atividade tinha como tema países desenvolvidos e subdesenvolvidos, enquanto corrigia, retomou alguns conceitos da matéria, que dizia respeito à: o que são países desenvolvidos/subdesenvolvidos, exemplos de quem são eles, porque são, etc. A educadora também retomou alguns conceitos como êxodo rural identificando junto com os alunos as conseqüências do mesmo e fazendo ligações interdisciplinares com o efeito estufa. Em seguida ela passou novas atividades utilizando o quadro e o giz como recurso que ficou como tarefa para eles realizarem em casa. Os alunos foram dispensados mais cedo para o intervalo porque a merenda era especial, onde eles serviriam bolo.
De acordo com o planejamento da aula, a professora utilizou o mesmo recurso que já foi mencionado anteriormente.

*Sexta Aula e Sétima Aula:
Observamos duas aulas seguidas em uma sala de 7ª série, que possuía um número mais reduzido de alunos que segundo a professora também é devido ao problema de freqüência.
A professora levou para a sala de aula, como instrumento metodológico o mapa político da América e relembrou juntamente com os alunos alguns aspectos relacionados ao assunto. Em seguida ela passou atividades no quadro negro e pediu para que eles copiassem em seus cadernos e respondessem utilizando o livro didático. Por ser as duas últimas aulas, eles foram terminando o exercício e a professora os liberavam.
Os recursos utilizados pela professora não foi diferente dos da outra turma. Mas é válido ressaltar que ela passou uma atividade bastante didática, ou seja, a Professora passou juntamente com as perguntas dissertativas uma cruzadinha, que dispertou bastante interesse nos alunos.

*Oitava e Nona Aula
A oitava e a nona aula que observamos foi em uma turma de 5ª séria, a mesma da primeira aula. A professora retomou como de costume as atividades que ficou da aula anterior, corrigindo os exercícios que ficaram para casa, em seguida pediu para que algumas alunas distribuíssem para a turma os livros didáticos, e passou no quadro negro mais algumas atividades. Logo após, explicou como era para ser feito o exercício e os informou que as respostas estariam no livro. Os alunos foram respondendo e quando estavam com dúvidas perguntavam para ela. Conforme eles foram terminando, a professora foi corrigindo individualmente.
Quando a maioria havia terminado o exercício, ela distribuiu um papel que estava desenhado o mapa mundi e pediu para que os alunos o pintassem, diferenciando com a cor azul aonde eram os oceanos e colocassem os seus respectivos nomes e também identificasse o continente americano e o pintasse na cor laranja.
A Professora passou em cada carteira e anotou em sua pasta, os alunos que estavam fazendo a atividade.

*Décima Aula
A décima e última aula observada foi na turma de 5ª série, sala em que já observamos anteriormente. A professora iniciou passando atividades no quadro e pediu para que os alunos copiassem e respondessem no caderno. Os alunos assim o fizeram. Contudo, foi o mesmo procedimento das aulas anteriores.

Considerações Finais

O que observamos foi apenas um pouco, mas já foi possível apreender a dinâmica de uma sala de aula, porém sabemos que isso não basta.
Como futuros docentes, o que vimos foi uma real falta de interesse de muitos alunos para a aprendizagem, mas não podemos generalizar. Contudo acreditamos que mesmo diante de tantas dificuldades que o professor da rede pública encontra para o ato de ensinar, é preciso que o conteúdo ainda seja desenvolvido de maneira expositiva, ou seja, não apenas através de exercícios relacionados ao assunto, fundamentado no livro didático, mas que o professor também explique a matéria e aí sim faça as devidas atividades para que o aluno desenvolva o seu conhecimento obtido. É preciso que se formem alunos mais pensantes e que não apenas reproduzam o que está escrito.
Finalizando este relatório de observação podemos mencionar que foi muito importante no que diz respeito à nossa formação como educadores, uma vez que pudemos visualizar no campo as dificuldades encontradas por alunos e professores na educação brasileira.
--------------------------------------------------------------------------------------
Estágio de Observação (2) - 2º Semestre
Introdução
Este trabalho é resultado da atividade de estágio de observação realizado no segundo semestre do período letivo do ano de 2008, através da disciplina Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, orientado pela Professora Doutora Rosely Sampaio Archela para os alunos do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina.
Tivemos como objetivo observar a prática docente de Geografia, juntamente com alunos do ensino médio. Para tanto escolhemos novamente o Colégio Estadual Humberto Puiggari Coutinho para fazermos nossas observações, porém desta vez foi no período noturno, o colégio se localiza no bairro Ernani Moura Lima, zona leste da cidade de Londrina.
Neste trabalho relataremos todas as atividades que foram observadas em sala de aula realizadas pelos alunos e pela professora de geografia. Também contemplaremos em nosso relato alguns aspectos importantes acerca do colégio, seus alunos e sua importância para a comunidade local, e também um breve comentário sobre questões que correspondem a vida profissional da educadora observada.
Acompanhamos durante o estágio 10 horas/aulas, distribuídas em turmas de 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no período da noite, onde observamos as atividades realizadas pelos alunos, pela professora, o planejamento das aulas, o desenvolvimento, os conteúdos, os temas, as abordagens, a atualidade metodológica e até mesmo o próprio comportamento dos sujeitos pedagógicos (professor-aluno), que detalharemos mais no relato de cada aula ao longo do trabalho.
Caracterização do Colégio
Devido a realização do estágio ter sido feito no mesmo colégio do semestre passado, não se faz necessáira uma nova caracterização dele.
O que podemos destacar de mais relevante é que no período noturno existem apenas 3 turmas, uma para cada ano, ou seja 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. São turmas não muito grandes e que estão dentro da faixa etária para essas séries.
História de vida do Professor
A docente na qual acompanhamos suas aulas é formada pela Universidade Estadual de Londrina no ano de 1996, porém já formada no curso de Estudos Sociais em uma faculdade em São Paulo. Leciona desde o ano de 1989, onde iniciou suas atividades como professora de séries iniciais, através de seu magistério. Atualmente dá aula em 3 colégios em Londrina, e é diretora da APP, recentemente estava concorrendo à vice-diretoria do colégio onde está sendo realizado as observações. Diz gostar muito da profissão, e o maior desafio para ela neste colégio é resgatar a auto-estima dos seus alunos, pois por se tratar de um colégio na periferia da cidade, pois eles não tem perspectivas para melhores condições de vida em relação a outros alunos de colégios mais centrais.
Relatório detalhado de cada aula observada

*Primeira aula:
A primeira aula de nossa observação foi em uma sala de 1º ano de ensino médio no período da noite, uma turma não muito grande, com alunos propícios para a série observada.
A professora deu início à aula relembrando o tema da aula anterior, e juntamente com os alunos resgatando alguns conceitos estudados, pelo o que pude perceber ela possui uma interação muito boa com os alunos. Apesar da grande dispersão de alguns.
Em seguida ela passou no quadro negro o conteúdo cujo tema era a Agricultura Moderna e Tradicional. A professora enquanto passava o conteúdo, ia dialogando com os alunos, relacionando o tema com acontecimentos atuais.
A educadora utilizou como recurso metodológico o quadro negro e o giz e se baseou no livro didático para passar o conteúdo. Ela poderia ter utilizado para melhor elucidar a matéria fotos e/ou matéria de jornais a respeito do tema, uma vez que o assunto é bem debatido na mídia em geral.

*Segunda Aula:
A segunda aula observada foi na turma do 2º ano do ensino médio. A professora seguiu o mesmo procedimento da aula anterior, onde relembrou alguns tópicos que havia discutido nas outras aulas. Em seguida ela tirou dúvidas a respeito da atividade prática que ela pediu para os alunos fazerem para o final do bimestre, que era a construção de uma maquete de vulcão.
Em seguida a professora deu início a um novo conteúdo cujo tema era o Relevo Brasileiro, onde ela passou o conteúdo no quadro negro, baseando-se no livro didático, depois ela explicou a matéria, utilizando o globo terrestre. Ela também aproveitou um capacete de uma aluna, que por sinal estava um pouco velho, para explicar os agentes externos de modelação do relevo, dizendo que da mesma maneira que devido aos desgastes que aquele capacete sofria devida às condições externas, como o vento, o mesmo ocorria com o relevo.
A educadora também chamou a atenção dos alunos perguntando a respeito do relevo londrinense e da região na qual eles moravam, e questionando-os sobre a importância de conhecer.
Dessa maneira, apesar de haver muita conversa e dispersão na sala, houve uma maior participação da turma no debate.
*Terceira Aula:
A terceira aula foi observada em mais uma turma do 3º ano do ensino médio, onde a professora deu início relembrando os conteúdos aplicados. Uma vez que na aula seguinte eles fariam uma prova escrita. Utilizando novamente o quadro negro e o giz ela explicou temas como tecnopólos e o meio técnico informacional.

*Quarta Aula:
A quarta aula observada foi na mesma turma da aula anterior, onde a professora aplicou uma avaliação, cuja prova tive acesso e considero que as questões foram bem elaboradas, fazendo com que os alunos reflitissem mais sobre o conteúdo. Foram questões variadas de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, análise de figura através da técnica cartográfica de anamorfose e também dissertativas, onde uma delas estava baseada no geógrafo Milton Santos.

*Quinta Aula:
A quinta aula observada foi em na sala do 1º ano do ensino médio. A sala estava um pouco agitada e também devido a uma forte chuva, a professora levou um certo tempo para organizar a turma. Começou a aula tentando interagir com a turma sobre o tema. Em seguida passou o conteúdo no quadro negro e explicou alguns aspectos. Porém não teve muito êxito, pois eles estavam muito dispersos.

*Sexta Aula
A sexta aula de nossa observação foi em uma sala de 2º ano de ensino médio, onde a professora deu continuação ao conteúdo. Utilizando como recurso didático, o quadro negro e o giz, através de uma aula expositiva.

*Sétima Aula
A sétima aula também foi na turma do 2º ano do ensino médio, onde a professora deu início ao tema A agropecuária nos países subdesenvolvidos e desenvolvidos, ela fez algumas observações no quadro para explicar o conteúdo, porém foi de forma breve. Em seguida ela os liberou para a discussão de uma gincana que aconteceria naquela semana. É valido ressaltar que ocorre um sério problema para o início da primeira aula , pois os alunos chegam muito atrasados, o que faz com que a aula demore para começar e quando começa é interrompida várias vezes.

*Oitava Aula
A oitava aula que observamos foi em na turma do 1º ano, a mesma. A professora retomou como de costume o conteúdo das aulas anteriores, Logo após, ela levou um vídeo para passar para a turma, porém não foi possível, pois o dvd não funcionou. Então, a educadora passou o conteúdo no quadro negro e explicou oralmente. Deixando o vídeo para a próxima aula.

*Nona Aula
A Professora iniciou a nona aula observada na turma do 3º ano do ensino médio, fazendo a entrega da prova e dos trabalhos realizados.
Em seguida ela revisou com os alunos a avaliação que eles fizeram, baseando-se nas principais dificuldades encontradas por eles. Contudo a turma estava bastante dispersa.

*Décima Aula
A décima aula observada foi na turma do 1º ano do ensino médio, onde presenciei a entrega dos trabalhos práticos. Os alunos fizeram uma pesquisa e montaram uma maquete de vulcão e alguns grupos até simularam a erupção deles. Em seguida um dos grupos apresentou também algumas informações a respeito do tema e mostrou através da tv para pen drive algumas imagens de vulcões no mundo.
Ao final da aula a educadora entregou as provas e trabalhos corrigidos para os alunos.
Considerações Finais
Diante do que observamos podemos destacar que a professora enfrenta grandes dificuldades em desenvolver os conteúdos, primeiramente destacando que a primeira aula do dia é sempre prejudicada, pois os alunos chegam atrasados, muitos por trabalharem.
E quanto ao trabalho realizado pela docente, é válido ressaltar a sua competência e interesse por promover o conhecimento, mas a indisciplina é o seu principal obstáculo.
É importante ressaltar que agora as escolas do Estado do Paraná, possui como instrumento de ensino a TV com entrada para pen drive, que se utilizado com criatividade pode ser um grande aliado no desenvolvimento dos conteúdos de uma forma mais didática, que segundo a professora utiliza com freqüência, porém não presenciei nenhuma aula com a utilização do mesmo.
Um outro fato a ser mencionado é que a relação professor-aluno, apesar da indisciplina, é de grande respeito e amizade.
Contudo podemos finalizar esse relatório como de suma importância no meu desenvolvimento como acadêmica e futura profissional docente, uma vez que presenciei diversas situações em sala de aula, que podem ser enfrentadas como grandes desafios para a atuação nesta área tão importante, que é a formação de não apenas alunos, mas cidadãos. E que hoje se encontram desmotivados e desinteressados.


Avaliação

Finalizando as atividades realizadas ao longo deste primeiro semestre, posso fazer a princípio apenas breves comentários, pois temos muito a percorrer.
Acredito que esse semestre foi bastante produtivo, pois através das atividades realizadas em sala, entre elas as aulas simuladas foi possível relembrar muitos conteúdos que serão importantes para aqueles que desejam seguir a carreira docente e também com o estágio na escola, onde conhecemos mesmo que por pouco tempo, mais de perto a realidade de uma sala de aula, sendo assim a disciplina está cumprindo o que foi proposto.
Enfim, a construção desse blog também foi muito importante, pois através dele foi possível rever o que desenvolvemos e fazer uma auto-reflexão.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Ao final deste semestre e com ele deste ano letivo, gostaria de dizer que foi bastante proveitoso as atividades realizadas através desta matéria, tão importante para o desenvolvimento de nossa formação docente.